Arquivo | paraguas RSS feed for this section

feliz, feliz, feliz ano novo…

3 jan

DSC00576

segundo todos os atrólogos do mundo, após 3 anos de muitas dificuldades onde fomos desafiados em todos os aspectos da vida (carreira, $$, relacionamentos, saúde, amor etc) e tivemos que reconstruir nossa própria identidade,  finalmente os librianos entram numa fase com menos terremotos cotidianos!!!

posso afirmar: foi muito, muito duro mesmo!

o tal saturno não me poupou de absolutamente N-A-D-I-C-A de nada!

a crise foi tão profunda que abandonei tudo por aqui e embarquei pra roma sem nenhum conhecido, sem falar italiano e sem ter onde ficar.

me vi sozinha pela primeira vez.

me tornei generosa e recebi mais generosidade ainda!

fiz amigos de uma vida.

cuidei e fui cuidada por estranhos que se tornaram minha família.

percebi Deus ao meu lado olhando sempre por mim.

me senti livre, o mais incrível e amendrontador dos sentimentos.

me reconstruí forte e segura de quem sou eu.

também amei, amor muito além das paixões…

então voltei e fui surpreendida na dor que é voltar outra pessoa para o lugar onde habitam  seus antigos vícios e medos, e todos esperam atitudes e posturas daquela que eu não era mais eu.

inúmeros corações foram partidos, atropelados, esfacelados.

muitos quilos a menos e outros tantos desencontros comigo mesma…

mas também existiram colos amigos cheios de palavras sábias, graças a uma das minhas maiores mudanças : agora permito que os outros me consolem.

pouco a pouco tudo se tornou meu de novo e fui me sentindo em casa novamente.

meu amor pegou um avião na itália.

ainda tem tanto pra fazer, tanto a melhorar, tanto a decidir, tanto a superar…

mas é verão.

os dias são ensolarados e o mar calmo e cristalino.

o sol cai devagar no poente e me sinto finalmente em férias.

QUE VENHA 2013, FAZ 3 ANOS TE ESPERO!!

DSC00573

chuvas, garoas e torós

9 jun

nessa manhã chorosa de frio e fina garoa,  lembrei outras chuvas passadas e as trouxe vivas neste post…

aqui da janela de minha casa olho sua chuva cair.

as gotas estouram na calçada e salpicam apressadas meias e sapatos.

são tantos os respingos, que parece chover ao contrário!

dançamos tentando nos cobrir e escapar secos,

ilesos,

imaculados.

entre passos em fuga contemplo mundos particulares intransponíveis,

alheios: os enxergo andando embaixo de folhas de jornal, dos casacos ensopados…

quando se abre um guarda chuva, é um mundo que se abre.

eu vejo, tímidos espiarem de soslaio,

e segurando a respiração espremem-se pela fenda aberta e adentram seus esconderijos secretos.

ainda ouço o alívio do corpo que se liberta ocupando todo o espaço.

cada um em seu refúgio íntimo,

refrescante em sua ingenuidade.

cada um em sua total solidão.